tangara-principe

Tangará-príncipe

O tangará-príncipe é uma ave passeriforme da família Pipridae. É também conhecido como tangará-falso.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) kheir = mão; e xiphos, xiphidion = espada, punhal, sabre; e do (latim) pareola = diminutivo de parus = pequeno chapim. ⇒ Pequeno chapim das asas de sabre.

Características

Mede entre 12 e 12,5 centímetros de comprimento e pesa entre 17 e 24,5 gramas.
O macho é preto com a coroa vermelha e o dorso azul. O bico é cinza-azulado. Uma pequena crista preta pode ser encontrada entre o bico e a coroa. Os tarsos e pés são alaranjados. Os machos, reunidos em dupla, apresentam um complexo comportamento de corte.
A fêmea se distingue pelo bico cinza-azulado, tarsos e pés amarelados e por apresentar uma nítida auréola de penas claras ao redor dos olhos.
Os imaturos apresentam plumagem semelhante a plumagem das fêmeas. Entretanto os jovens machos próximos da maturidade apresentam penas vermelhas na coroa e com o passar do tempo adquirem progressivamente as penas azuis do dorso e pretas da face, pescoço, asas, cauda, uropígio e região ventral.

Alimentação

Alimenta-se de pequenas frutas, insetos, vermes e até aranhas.

Reprodução

A fêmea costuma botar 2 ovos que são chocados por 18 dias. Os filhotes saem do ninho após 20 dias.

Hábitos

Vive no interior de matas primárias e secundárias abaixo de 500 metros de altitude.Na época do acasalamento podemos vê-lo se exibindo para as fêmeas executando uma espécie de “dança do acasalamento” onde ouvimos desde estalos, grunhidos parecendo porcos, onde 2 ou 3 machos pulam ordenadamente um por cima do outro, isso tudo com olhar da fêmea, que parece não se contagiar pelo espetáculo. Isso tudo acontece em um galho curvado e liso habitual dos mesmos.Essa foi uma cena presenciada por mim no mês de setembro na Flona do Tapajós na comunidade de Jamaraquá. Observei também que o macho, mesmo sendo imaturo participava dessa dança.

Predadores

Distribuição Geográfica

Na Amazônia ocupa a parte Norte (RR) e a parte oriental (AP, PA, MT, TO, MA, PI, CE). Na parte ocidental da Amazônia é substituído por C. regina ( de visual semelhante porém de píleo amarelo e não vermelho ). Presente também do Rio Grande do Norte até o norte do Espírito Santo.

Referências

  • Marigo, Luiz Claudio. A fantástica mata atlântica. n. 28.
  • SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Avis Brasilis, 2009.

Consulta bibliográfica sobre as subespécies:

  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
  • del Hoyo, J.; et al., (2016). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona.
  • Gill, F. & Wright, M. - IOC World Bird List 2017. Birds of the World - Recommended English Names. Princeton University Press, Princeton, N.J., and Oxford, UK.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2017); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.

Galeria de Fotos

tangara-principe.txt · Última modificação: 2022/07/09 09:08 por Robson Czaban